As organizações estão a descobrir que o conhecimento reside nas pessoas e que é necessário explorar novos dispositivos que permitam a captura, partilha e exploração desse conhecimento pela organização.
As pessoas possuem conhecimentos sobre sistemas e processos que ocorrem dentro da organização. Quanto maior é esse conhecimento melhor resposta pode dar a organização, e por isso, este é um ingrediente fundamental para o desenvolvimento do conhecimento organizacional.
Neste contexto, a perda de conhecimento resultante da saída de um profissional – por despedimento, aposentadoria, práticas de headhunting da concorrência, processos de fusão, deslocalização de áreas de negócio, etc. – expõe a organização a riscos importantes.
Esta perda reduz a eficácia e eficiência operacionais até que o conhecimento é reaprendido pela organização. Isto é, sempre que um profissional sai de uma organização leva consigo mais do que aquilo que sabe; leva também conhecimento crítico sobre aquilo que sabe, fez e aprendeu.
Este problema deve, todavia, ser enquadrado num cenário que parece apontar para uma nova economia do talento onde primam as formas de relação laboral flexíveis, a temporalidade, os contratos por projetos e, por conseguinte, para o fim da lealdade à organização como valor.
A maior parte das organizações consideram que a sua atividade estratégica fundamental em termos de gestão de talento é cultivar e “reter” pessoas, lutando assim, contra um movimento centrífugo que desfaz os limites da organização, propõe redes, colaborações e conexões.
Contudo, como vimos, a retenção de talento faz parte de um processo mais amplo de gestão de conhecimento.
Hoje em dia, graças às tecnologias de informação e à internet, abriram-se as possibilidades de colaboração entre individuos de diferentes contextos, geografias ou organizações. O talento depende cada vez mais da participação em redes de conhecimento, internas e externas à organização, onde se produz conhecimento atualizado e de valor.
Com esta mudança de paradigma as empresas devem investir mais em estratégias de retenção de conhecimento, fomentar a cooperação e a colaboração dentro da empresa. Para isso devem ir adotando a mentalidade, ferramentas, técnicas e valores que os seus consumidores e clientes já utilizam no dia a dia quando comunicam e colaboram entre si.
imagem: opensource.com
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