As redes sociais tornam-se, a cada dia que passa, numa peça fundamental dos processos de recrutamento e seleção das empresas.
O modelo clássico de divulgação de ofertas de emprego através de jornais ou outras publicações, praticamente se extinguiu, dando lugar aos sites de ofertas de emprego ou aos portais de classificados online, que agora são complementados com as atividades de captação de talento online, organizadas pelos próprios departamentos de recursos humanos das empresas, pelas agências de recrutamento e seleção ou por consultores especializados.
O ponto de encontro entre os especialistas em recursos humanos e as pessoas que estão num processo de procura de novo emprego dá-se cada vez mais em meios digitais.
.:: A rede de contactos
As empresas utilizam várias fontes de recrutamento para reforçar as suas equipas. É frequente a utilização da rede de contactos ou do networking. Por esse motivo há vagas preenchidas mesmo antes de se dar início ao processo de seleção. Como consequência, uma grande parte das ofertas de emprego não chega a ser difundida pelos canais tradicionais.
O networking surge assim como a forma mais eficaz das empresas chegarem a certos candidatos. Isto observa-se em determinados casos onde a divulgação por um canal tradicional (p.e. sites de ofertas de emprego) não alcança o target de candidatos desejado, levando o consultor de recursos humanos a enveredar por outros meios a fim de identificar os melhores candidatos.
Redes socais como o Linkedin podem simplificar estas tarefas a quem procura talento na web. De igual forma, todos que procuramos trabalho ou queremos apresentar as nossas propostas de negócio a potenciais clientes também podemos usufruir desta vantagem. O uso do networking sai reforçado. Ao tradicional passa-a-palavra, contactos entre clientes ou amigos, surge a oportunidade que as redes sociais nos oferecem, sobretudo no ganho de notoriedade ou visibilidade nas áreas onde atuamos profissionalmente.
Aparentemente, o mercado de emprego em Portugal parece não estar tão desenvolvido como em certos países (dimensão e sensibilização para as novas formas de captação de talento), mas incluir de forma consciente uma estratégia de presença online só reforçará a nossa presença profissional naquele que atualmente é o principal canal de comunicação entre empresas e candidatos, a internet.
.:: Da web social ao emprego 2.0
Já foram utilizados muitos termos para designar esta transformação. Emprego 2.0 ou recrutamento 2.0, são bons exemplos disso.
O emprego 2.0 significa partilhar na web social conhecimentos, capacidades ou habilidades (skills), e promover serviços para obter o posicionamento e reputação digitais necessários que os empregadores procuram nos candidatos ou que você procura na empresa que lhe interessa.
Por outro lado, há muito que alguns especialistas em Recursos Humanos se aperceberam, que o recrutamento 2.0 não se resume a procurar profissionais nas redes sociais quando se necessita, mas sim conhecê-los antes de surgir a necessidade de recrutá-los.
Neste sentido, apesar do mercado de emprego nacional ainda não acompanhar esta tendência como em outros países, há empregadores – principalmente no caso das novas tecnologias e engenharias, mas em breve em praticamente todas as áreas, que consideram as redes sociais uma forma importante de captar novo talento para a organização.
Ao comentar está de acordo com a política de comentários do clipemprego.com