Hoje o mercado laboral tende à externalização de serviços e à contratação de profissionais para projetos, com principio e fim, sendo cada vez mais importante desenvolver as competências necessárias que permitam aos nossos clientes ou empregadores localizarem-nos facilmente e encontrarem as competências que procuram.
Não são as empresas que contratam, são pessoas que contratam pessoas. Gerar oportunidades através da rede depende da nossa habilidade para relacionarmo-nos com os profissionais e empresas que nos interessam e mostrarmo-nos profissionais nas conversações e interações que desenvolvemos no LinkedIn, no Twitter, no Facebook, em blogs ou em outros canais de comunicação que configuram o universo das redes sociais.
Assim, num momento em que é tão fácil participar na rede, o desafio está na forma como gerimos a nossa identidade digital, com o objetivo de nos posicionarmos como profissionais e aumentar a nossa empregabilidade a médio e longo-prazo.
Ter uma voz ativa, conseguir que nos refiram ou que partilhem os nossos links, são exemplos de novos comportamentos que estão a transformar-se num requisito tão importante para o nosso futuro profissional como a aprendizagem ao longo da vida.
A tecnologia é necessária, mas não é suficiente. A internet e as redes sociais devem ser utilizadas como contextos e audiências geradoras de reputação e de posicionamento profissional e não apenas como uma ferramenta de procura de informação.
Por outro lado, é essencial tomarmos consciência do nosso estilo de comunicação nas redes sociais e adaptá-lo aos nossos valores e necessidades. Num mundo conectado, a marca pessoal e a reputação digital podem atrair clientes, mas os resultados dependem em grande medida dos conteúdos publicados e do seu valor para as outras pessoas.
Citando @José de Almeida: “se me perguntarem qual a forma mais eficaz de chegar aos seus clientes no âmbito da venda, eu respondo sem hesitar: é posicionar-se como especialista através da publicação de conteúdo que seja relevante para os mesmos”.
O marketing de conteúdos, aplicado à geração de oportunidades profissionais, baseia-se em mostrar o nosso profissionalismo através da informação e experiência que partilhamos nos diferentes canais da web 2.0, sendo uma ferramenta ao alcance de todos – grátis – e onde todos podem participar: empreendedores, empregadores, clientes, fornecedores…
Nesta linha, a TNS apresentou estes dias, um estudo interessante sobre as atitudes e comportamentos dos utilizadores da internet no âmbito das tendências de consumo.
Compreendendo o nível de participação nas redes sociais e a influência digital dos consumidores que nelas participam, é possível determinar, por exemplo, se uma determinada estratégia onde predominem os conteúdos sociais é adequada para um público-alvo ou não.
Estas duas dimensões (participação e influência ) permitiram ao pessoal da TNS identificar a 4 estilos de comunicação dominantes nas redes sociais – observadores, líderes, funcionais e conectores – sobre os quais as marcas devem aplicar estratégias de comunicação/ relação diferenciadas.
Contudo, o mais interessante deste modelo é que podemos usá-lo também no contexto do emprego, da orientação profissional ou dos Recursos Humanos para explicar a importância e o impacto da participação nas redes sociais em empreendedores, trabalhadores independentes, autónomos ou outros profissionais.
A realidade demanda novas estratégias de relação entre profissionais e Organizações, entre fornecedores de serviços e clientes.
Por esse motivo, é fundamental compreender em que medida a nossa participação na rede potencia a nossa capacidade de aprendizagem, reinvenção e atualização, por um lado, mas também se esta nos permite estar na mente de recrutadores, clientes e empresas para sermos o profissional adequado, no momento adequado e com as competências e habilidades adequadas a quem possam recorrer ou recomendar.
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