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LinkedIn – Com mais de 1,5 milhões de utilizadores em Portugal e mais de 200 milhões em todo o mundo o LinkedIn afirmou-se nos últimos anos como a rede profissional por excelência. A aceitação desta rede no nosso país foi muito boa, mas mesmo assim a utilização que fazemos deste meio 2.0 continua, em muitos aspetos, baseada numa mentalidade 1.0 que não explora todo o potencial que esta ferramenta nos pode oferecer. Compreenda porquê.
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Durante muitos anos os portais de emprego foram o ponto de encontro entre a oferta e a procura de emprego. Mediante um formulário o candidato submetia a sua candidatura enquanto o recrutador construía uma base de dados de potenciais candidatos a incluir no processo de recrutamento.
No caso do LinkedIn, apesar desta rede profissional não ser um portal de emprego, muitas vezes é utilizada como tal – provavelmente devido ao desconhecimento dos seus utilizadores.
Há candidatos que se oferecem diretamente ao estilo “à procura de novos desafios” não compreendendo que essa nem é a melhor estratégia para encontrar um emprego, nem difere muito das estratégias utilizadas antes da revolução 2.0. Por outro lado, alguns recrutadores utilizam esta rede profissional unicamente para publicar ofertas de emprego ou para localizar candidatos na sua base de dados, como se tratasse de um portal de emprego clássico como o são o Net-Empregos ou o ExpressoEmprego.
Isto não significa que através do LinkedIn não possamos encontrar emprego ou identificar candidatos. O problema é que é uma ferramenta com muitas mais possibilidades. Vou enumerar-lhe algumas: aumentar a nossa rede de contactos, posicionar a nossa marca profissional, encontrar potenciais clientes, ou enriquecermo-nos através da participação em grupos de debate.
Qual é então a principal vantagem desta rede profissional para quem procura ou oferece emprego? A interação entre recrutador e candidato. Mas isso implica um ruptura com certos hábitos do passado.
Na perspectiva do recrutamento, se o LinkedIn possibilita aos profissionais de recursos humanos a colocação de anúncios de emprego, que vantagem adicional oferece em relação aos portais de emprego ou aos motores de meta-pesquisa como o Indeed? Se os recrutadores recebem centenas de candidaturas quando publicam uma vaga, qual é a vantagem em fazê-lo também no LinkedIn? Os problemas de eficiência na identificação de candidatos vão ser os mesmos se a ideia for utilizar o LinkedIn como um mero agregador de perfis.
As redes sociais são um fenómeno relativamente recente e a mudança de comportamento necessária para criar relações autenticas entre as duas partes do processo de recrutamento levará tempo a consolidar-se como uma prática comum. É aqui que um perfil completo e atualizado, a participação em grupos afins à nossa área profissional, o uso adequado da nossa rede de contactos e a criação de conteúdos úteis aos membros da nossa rede se revelam estratégias fundamentais para conseguirmos otimizar o nosso posicionamento e dessa forma despertarmos interesse do recrutador ou de um cliente.
Ao posicionarmos a nossa marca pessoal no LinkedIn estamos a fazer uma aposta no nosso futuro profissional e a aumentar as possibilidades de encontrar emprego, ao mesmo tempo que conduzimos a nossa trajetória profissional de uma forma coerente e de acordo com os nossos objetivos.
foto: sylvain kalache
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