Conceitos como comunicação 2.0 ou redes sociais corporativas começam a fazer parte do nosso
vocabulário profissional. São conceitos que encaixam na Organização do século XXI, que promove o trabalho do conhecimento, e longe de refletirem um futuro longínquo impõem-se cada vez mais na realidade do nosso dia a dia.
| Neste novo mundo, um dos aspetos mais afetados em matéria de gestão de pessoas é a gestão do talento.
As organizações necessitam de adaptar-se a um mercado caracterizado por profundas transformações: a incerteza e a volatilidade crescentes, requerem agilidade, flexibilidade, dinamismo e inovação.
Estar conectado com os melhores profissionais é um acelerador da capacidade de geração de valor de uma organização. O desafio da organização já não é [exclusivamente] atrair ou reter profissionais, mas sim conectá-los, um conceito mais abrangente que se relaciona e depende diretamente da gestão que fazemos do talento na rede.
Neste cenário, as organizações podem encontrar e cultivar relações com pessoas com marcas pessoais, pessoas que demonstrem capacidade para evoluir e contribuir para o trabalho do conhecimento. Aqui ficam algumas ideias sobre como conectar com o talento do século XXI:
1. Diversidade: Hoje conectar com o talento supõe aproveitar a diversidade de um mundo global e a compreensão de que o verdadeiro talento encontra-se em maior abundância na complementaridade e na variedade de ideias e pensamentos. As organizações devem promover e atrair pessoas que veem riqueza na divergência de perspetivas em vez de defender cegamente a lógica do pensamento único.
2. Conectividade entre profissionais: As empresas que pretendam transitar para esta nova realidade terão que dinamizar projetos e situações onde se incentive a conectividade entre profissionais. Quanto maior o número de conexões de qualidade de um profissional, maior será o grau de exposição das suas habilidades a novas ideias e conhecimentos. As sinergias derivadas deste incremento de relações serão benéficas para o negócio global da organização.
3. Produtividade= autonomia + responsabilidade: Ao conectar com o talento o que verdadeiramente importa é o potencial de aprendizagem, de crescimento, de adaptação, de reinvenção. A curiosidade, o espírito critico, a criatividade, a iniciativa, assim como a capacidade para quebrar a rigidez de procedimentos estabelecidos na definição de funções são outras características do talento a que nos referimos. Os profissionais cujas habilidades estão reprimidas por meio de pesados procedimentos necessitam de uma maior liberdade para se desenvolverem.
4. Eficiência ≠ talento: Um dos problemas das organizações atuais reside na dificuldade em compreender o que significa talento e em como aplicá-lo a cada caso concreto. Fazer alguma coisa bem, dentro de um determinado prazo de tempo e com padrões de qualidade previamente estabelecidos, não está relacionado com o talento, mas sim com a eficiência. O talento refere-se ao profissional que introduz valor no resultado final e fá-lo combinando habilidades, capacidades e atitudes que só são possíveis em determinadas condições em função de estilos de liderança, cultura, etc.
Conclusão
As Organizações em geral, e os departamentos de Recursos Humanos em particular, devem começar a compreender o que está em jogo quando se fala em conectar talento. Construir comunidades onde a relação com o talento seja possível, utilizar a metodologia adequada nos processos de identificação do mesmo, deixar de pensar em “reter” e começar a pensar em “conectar” o talento como fator crítico do seu desenvolvimento, são alguns dos desafios mais importantes a que Organizações e profissionais de Recursos Humanos do século XXI necessitam responder.
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