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As alterações que o LinkedIn introduziu estes dias no seu contrato do usuário têm suscitado “alguma controvérsia” junto de muitos utilizadores, principalmente, entre recrutadores e sourcers que utilizam esta rede para se relacionar com o talento.
Em causa estão alguns pontos dos novos termos de serviço, especialmente, na secção que refere o que os utilizadores “devem” ou “não devem” fazer quando utilizam a plataforma.
Até aqui tudo bem. É muito importante estabelecer alguns princípios que ajudem a identificar o que são ou não boas práticas, na utilização desta plataforma, ao mesmo tempo que se procura proteger os utilizadores de certas situações como o roubo de identidade, por exemplo.
Mas se analisarmos em detalhe encontramos algumas coisas que merecem um olhar mais atento:
“Você concorda que não irá:
(…)
– Convidar pessoas que você não conhece para participar de sua rede;
(…)
– Utilizar convites do LinkedIn para enviar mensagens para pessoas que não conhecem você ou que provavelmente não reconhecerão você como um contato conhecido;”
Sem irmos demasiado longe e se interpretarmos estes dois pontos no sentido literal compreendemos a preocupação que surgiu. É estranho que uma organização que promove e incentiva a conectividade e o networking impeça os seus utilizadores de se contactarem entre si…
Diariamente, todos recebemos convites, chegam-nos mensagens ou somos nós que contactamos pessoas porque consideramo-las interessantes pelo trabalho que desenvolvem, pelas discussões que dinamizam dentro de grupos ou por outros motivos e seria muito estranho por em causa uma boa prática como é o envio de mensagens personalizadas.
Entretanto, um portavoz da empresa explicou que as alterações neste domínio significam, basicamente, que o utilizador concorda em não enviar spam ou pedidos de conexão e mensagens não desejadas a outros membros da rede.
Ou seja, adotar alguma netetiqueta e incluir uma nota breve explicando o motivo da conexão parece ser o suficiente para legitimar este contacto visto que o utilizador assim compreenderá o motivo e o valor em conectar profissionalmente connosco. Faz muito mais sentido assim não é?
Este assunto é muito pertinente, como referi ao princípio, para recrutadores e sourcers. Teoricamente, o recrutador que faz um uso indiscriminado de informação de perfis públicos, pode incorrer numa violação de acordo com estes termos de serviço, mas na maioria dos casos, uma utilização moderada não constitui motivo de violação.
Estas medidas abrangem sim aquelas situações de download massivo ou retirada de informações de perfis públicos como aconteceu recentemente com o caso HiringSolved.
A minha recomendação para recrutadores e sourcers é que sejam muito profissionais na utilização desta plataforma social, evitem o envio de mensagens massivas – as mensagens do LinkedIn não são um bom canal para o envio de “newsletters” nem para fazer publicidade de produtos ou serviços – e acedam com maior naturalidade a potenciais candidatos sem correr o risco de passar nenhuma linha vermelha que comprometa a sua participação nesta rede profissional.
Keep Calm and Source your people on web! 😉
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