A introdução das redes e das ferramentas sociais estão a mudar as relações dentro e fora da empresa. As organizações são hoje redes de pessoas e a informação está mais acessível do que nunca.
Os Recursos Humanos não devem ficar indiferentes aos novos hábitos emergentes. As ferramentas que surgiram com a web social devem transformar-se em ferramentas essenciais para a gestão do talento, numa época marcada pela economia do conhecimento e da colaboração.
No caso dos recrutadores, começa a ser imprescindível que estes se expressem adequadamente nos ambientes digitais, e com os novos valores da web 2.0, onde a participação em redes de talento, a observação, a interação e as conversas com as pessoas que integram estas redes, façam parte de uma nova cultura de relacionamento com o talento.
É por isso que o recrutamento deve passar de uma perspetiva reativa para outra, pró-ativa, dinâmica e relacional.
Aqui convém sublinhar que muitos recrutadores são pró-ativos no sentido em que constroem e mantêm uma base de candidatos, mas para os quais não têm uma proposta concreta. Estes recrutadores agem assim pensando no seu benefício pessoal – para terem a cada momento pessoas disponíveis para rapidamente ativar, requalificar e enviar para uma posição ou oferta de emprego.
Um recrutador atual que se movimente unicamente pelo “interesse” deveria ser considerado um exemplo daquilo que não deve ser feito, se o objetivo é relacionar-se com o talento.
Em vez disso, ser pró-ativo significa que ele deve identificar sinergias, detetar necessidades e ligar interesses; conseguir que predomine a empatia, e assegurar-se de que todas as partes envolvidas ganham com isso.
Contudo, não se trata de contratar um community manager para o seu departamento de Recursos Humanos – neste momento todos os colaboradores devem ter habilidades digitais consolidadas – mas sim de entender as competências de um gestor de comunidades e como elas devem ser naturais nos departamentos de RH em geral, e nos recrutadores e em outros profissionais responsáveis pela gestão de talento, em particular.
Um dos objetivos fundamentais de qualquer processo de recrutamento é a aquisição de novas competências e de novo conhecimento; com ele aumenta-se, não só a base de conhecimento da organização, mas também o seu número de contactos.
Cabe às organizações tirar partido de toda a inteligência coletiva que se organiza à volta de todas as pessoas que a integram ou possam vir a integrá-la no futuro.
As redes dos profissionais responsáveis pela aquisição de talento – onde aplicam e desenvolvem as competências de gestores de comunidades – estão também constituídas por pessoas, não (só) por clientes ou candidatos.
Neste contexto uma simples conversa, pode transformar-se numa entrevista, isto porque um recrutador que participa ativamente numa rede é acima de tudo, um facilitador que liga pessoas e organizações.
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